A característica dos premiados, segundo a organização, é experiência e diversidade, seja pelas diferenças extremas em idade ou tempo de atividade política dos agraciados, seja pelas divergências ideológicas e partidárias, ou ainda pelas mais variadas formações profissionais.
Os 38 deputados e 14 senadores foram indicados pelos jornalistas que cobrem as atividades da Câmara dos Deputados e do Senado, em processo acompanhado pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal, parceiro do projeto desde o seu início. Coube depois aos internautas definir a classificação final dos congressistas selecionados e os vencedores de categoriais especiais, como melhor iniciativa do Congresso e destaques em áreas como educação, saúde, combate à corrupção, entre outras.
O evento foi comandado pelos jornalistas Cristina Serra e Heraldo Pereira, da TV Globo. Terminada a premiação, todos os parlamentares premiados reuniram-se numa foto histórica. Logo depois, o cantor e compositor baiano Moraes Moreira subiu ao palco lembrando: "Isso aqui é um pouquinho de Brasil".
O prêmio tem o patrocínio da Ambev e da Petrobras e o apoio da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF), da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip), do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), do Sindicato dos Jornalistas do DF, da Frente Nacional dos Prefeitos (FNP), da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais (Anadef), da Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), do Movimento +Feliz e ainda das empresas Dudu Camargo Restaurante e Marc Systems.
Confira abaixo a relação dos socialistas mais bem votados entre os internautas:
SENADORES
Renato Casagrande (PSB-ES)
DEPUTADOS
Luiza Erundina (PSB-SP)
Beto Albuquerque (PSB-RS)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Veja abaixo o perfil dos socialistas que se destacaram:
BETO ALBUQUERQUE (PSB-RS)
Natural de Passo Fundo (RS), nasceu em 3 de janeiro de 1963. Foi reeleito em outubro para seu quarto mandato consecutivo como deputado federal.
Na última legislatura, foi uma das principais lideranças da base governista na Câmara, e já exerceu a função de vice-líder do governo na Câmara. Antes de entrar para a vida pública, foi mecânico em sua cidade natal.
Presidiu, entre 1995 e 1999, o Diretório Estadual do PSB (RS), foi líder do partido na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (1991-1999) e 3º vice-presidente (1994-1996) da Executiva Nacional do partido.
Advogado, foi deputado estadual duas vezes (entre 1991-1995 e entre 1995-1999) e secretário estadual dos Transportes do Rio Grande do Sul (1999/2002) durante o governo do petista Olívio Dutra.
LUIZA ERUNDINA (PSB-SP)
Nasceu em Uiraúna (PB) em 30 de novembro de 1934, e está no 3º mandato consecutivo. É a mais experiente liderança feminina do Congresso. Foi reeleita este ano para o quarto mandato na Câmara.
Professora universitária e técnica em educação e políticas públicas para a área social, é graduada em Serviço Social (1966) e mestre em Ciências Sociais (1970).
Uma das fundadoras do PT, foi uma das principais estrelas do partido nos seus primeiros anos. Logo em 1983, elegeu-se vereadora no município de São Paulo. Em 1987, tornou-se deputada estadual. Em 1989, chegou ao auge de sua carreira política, quando se elegeu prefeita de São Paulo. Em 1993, era a encarnação de que a independência do PT com relação ao governo Itamar Franco era de fachada. Sem sair do partido (do qual ficou licenciada), ela foi ministra da Administração e depois presidente do Intituto Brasileiro de Administração Pública. Depois da passagem pelo ministério, porém, Luiza começou a se desentender com a direção do PT, e acabou deixando a legenda em 1987, quando se filiou ao PSB.
Erundina é uma das principais críticas do sistema de concessão e renovação, por parte do Congresso, de emissoras de rádio e TV. Sobre o assunto, este site publicou reportagem em junho de 2009 na qual a deputada dizia: “O Congresso dá concessões às escuras”, reclamou.
Na Câmara, liderou o PSB e inspirou a criação da Comissão de Legislação Participativa, tornando-se sua primeira presidente. Integra o Grupo Temático da Reforma Política.
RODRIGO ROLLEMBERG (PSB-DF)
Carioca nascido em 13 de julho de 1959. Está no 1º mandato. Funcionário efetivo do Senado é formado em História pela Universidade de Brasília (1983). Foi eleito senador este ano.
Foi duas vezes deputado distrital (1995/2002), e secretário de Turismo do DF no governo do então petista Cristovam Buarque (1996/98). Atuou ainda como secretário de Inclusão Social do Ministério de Ciência e Tecnologia no governo Lula (2004/06). Foi ainda chefe de gabinete dos ex-senadores Jamil Haddad (PSB-RJ) e José Paulo Bisol (PSB-RS).
Na Câmara Legislativa do DF, combateu a ocupação desordenada do solo e foi o autor das leis que criaram o Projeto Orla e fixaram regras para coleta do lixo. Lidera a Frente Parlamentar de Valorização do Serviço Público.
Foi o Coordenador Nacional da Juventude Socialista Brasileira, em 1989. Filiado ao PSB desde 1985, é o atual líder da legenda na Câmara dos Deputados.
RENATO CASAGRANDE (PSB-ES)
Nascido no Espírito Santo, na cidade de Castelo, formou-se em Engenharia Florestal e possui bacharelado em Direito. Envolveu-se com a política no movimento estudantil ainda na Universidade Federal de Viçosa, quando militava no PCdoB. Por sua formação, é um dos senadores com maior atuação na área ambiental. Foi eleito em 2010 governador do Espírito Santo já no primeiro turno.
Assumiu o primeiro cargo eletivo como deputado estadual (1991-1995), já pelo PSB. Antes, havia sido secretário municipal de Obras de Castelo (1984-1987). A experiência adquirida no primeiro mandato parlamentar rendeu a indicação para vice-governador, na chapa encabeçada por Vitor Buaiz, entre 1995 e 1998.
Concluído o mandato de vice, foi secretário estadual de Agricultura (1995-1998) e secretário municipal de Meio Ambiente de Serra (1999-2001). Em 2002, elegeu-se deputado federal, sendo o primeiro líder da bancada do PSB a ser reeleito na Câmara nos exercícios de 2005 e 2006. Destacou-se na Casa como um dos principais líderes da base do governo Lula e também pela autoria do projeto que acabou com o pagamento pelas sessões extraordinárias (jetons) na Câmara dos Deputados.
Em 2006, foi eleito para o seu primeiro mandato como senador. No Senado, foi líder da bancada do PSB, vice-presidente da CPI do Apagão Aéreo e membro da comissão que relatou o processo da primeira denúncia contra o senador Renan Calheiros. Embora muito próximo ao Palácio do Planalto, Casagrande contrariou a vontade do governo para defender a responsabilização de Renan.
Desde 2000, é secretário-geral da Comissão Executiva Nacional do partido do PSB.
Nenhum comentário:
Postar um comentário